A nossa economia global excede a capacidade suportável do planeta, conduzindo o 21º século da civilização cada vez mais perto do declínio e possivelmente do colapso. Preocupados com os relatórios semestrais e anuais sobre crescimento económico, perdemos de vista o impacto profundo da empresa humana nos recursos do planeta. Um século atrás, o crescimento anual do mundo económico era medido em biliões de dólares. Hoje é medido em triliões.
Como resultado, consumimos recursos renováveis mais depressa que a sua regeneração. Florestas encolhem, terras aráveis deterioram-se, aquíferos diminuem, pesqueiros em colapso e os solos em erosão. Usamos combustível a um nível que nos deixa pouco tempo para planear o seu uso para além do inevitável “pico” de consumo. Descarregamos gases com efeito de estufa na atmosfera mais depressa que a sua capacidade de os absorver criando condições para um aumento da temperatura global nunca visto desde que a agricultura começou.
O 21º século não é o primeiro orientado para um caminho económico ambientalmente insustentável. Algumas das civilizações antigas, também se confrontaram com problemas ambientais. Como Jared Diamond nota em Collapse: How Societies Choose to Fail or Succeed, algumas dessas civilizações antigas foram capazes de mudar o curso das coisas evitando o declínio económico, outras não. Estudamos locais arqueológicos dos Sumérios, Maias, Ilha de Páscoa e outras antigas civilizações incapazes de fazer os ajustamentos necessários a tempo.
As boas notícias que aqui ou ali aparecem apontam-nos o que a nova economia será. Temos tecnologia para a construir; p.exp. os carros híbridos (gás/eléctrico), turbinas eólicas de alto rendimento, frigoríficos super eficientes e super eficientes sistemas de irrigação.
Lester R. Brown - Plano B
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