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A ecologia das cidades

A urbanização é uma tendência demográfica contemporânea. Em 1900, 150 milhões de pessoas viviam em cidades. Em 2000, cerca de 2.9 biliões, um aumento de 19 vezes. Por volta de 2007 mais de metade da população humana viverá em cidades – fazendo de nós uma espécie urbana.

Em 1900 existia uma mão cheia de cidades com mais de um milhão de habitantes, hoje 408 cidades têm pelo menos essa população. Existem 20 mega cidades com pelo menos 10 milhões de habitantes. A população de Tóquio atinge os 35 milhões excedendo o Canadá inteiro. A Cidade do México (19 milhões) aproxima-se da população da Austrália. Nova Iorque, São Paulo, Bombaim, Deli, Calcutá, Buenos Aires e Xangai estão perto deste valor.

Cidades exigem uma concentração de alimentos, água, energia e materiais que a natureza não pode metabolizar. A concentração destas massas de materiais implica a sua dispersão em lixo, despejos e poluentes desafiando a complexa gestão das cidades.

A maioria das cidades são lugares pouco saudáveis para viver; além da poluição constante, a auto-dependência e o sedentarismo favorecem o desequilíbrio entre o imput calórico e o seu gasto, como resultado a obesidade cresce em proporções epidémicas.

A evolução das cidades modernas está ligada ao avanço da mobilidade. Inicialmente esta ligação deu-se através das embarcações e comboios, mas foi a invenção do motor de combustão interna relacionada com o petróleo barato que impulsionou o vertiginoso crescimento urbano do séc. XX.

Inicialmente as cidades eram abastecidas de água e alimentos pela sua periferia, hoje, dependem quase exclusivamente de recursos de origem distante, mesmo os considerados básicos. A água fornecida a Los Angeles p.exp., tem origem a mais de 970 km de distância (rio Colorado). A gigantesca Cidade do México situada a 3000 metros de altitude depende da água proveniente de 150 km de distância e elevada a mais de 1km de forma a chegar ao seu destino. Pequim planeia o seu abastecimento da bacia do rio Yangtze a 1500km de distância.

O petróleo que fornece a energia necessária para a mobilidade contínua dos recursos na cidade vem de longínquos campos de petróleo. A escalada do seu preço afecta as cidades e em maior grau as suas zonas suburbanas.

É geralmente aceite que a urbanização continuará, mas não necessariamente: a cada vez maior escassez da água e alto custo da energia associada ao seu transporte talvez constrinja o crescimento urbano. Numa época de escassez relativa à água, terra e energia, o valor de cada um destes recursos pode aumentar substancialmente ao ponto de alterar as regras comerciais entre a cidade e o campo. Desde o início da Revolução Industrial, as regras do comércio entre a cidade e o campo favoreceram a cidade porque ela controlava o capital e a tecnologia, mas entretanto tudo mudou, a escassez cada vez maior da terra e da água podem alterar a vantagem para as zonas rurais.

 
 
 
 

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