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Ecologia social


As estruturas humanas ao organizarem-se em sociedades, obedecem a sistemas análogos aos que dominam as micro-estruturas atómicas e as macro-estruturas galácticas. Como as moléculas e os sistemas galácticos, as comunidades, aldeias, bairros, cidades ou megacidades que não tenham em conta as leis que governam e sustêm a estrutura de que dependem, acabam autodestruindo-se e desintegrando-se, como acontece desde as mais pequenas às maiores formas de existência no Universo.


Para construir, reconstruir e regenerar um sistema de convivência ou um tecido social, são imprescindíveis certos critérios que permitam a todos os aspectos da vida de um indivíduo desde o seu nascimento até à morte, formarem parte de uma cadeia, cujos enlaces permanecem unidos entre si, mantendo uma coerência que permite a cada um, sentir e fazer parte do mundo. A desarticulação ou separação provoca o que uma célula cancerosa produz no tecido orgânico: actua contra o organismo que a sustenta, acabando por destruí-lo.

Da mesma maneira que uma célula cancerosa ao multiplicar-se desencadeia um processo de expansão, contágio e eventualmente de autodestruição, o sistema imunológico de todo o organismo vivo, molecular, vegetal, animal, humano, social, planetário ou galáctico, pela sua capacidade de sobrevivência reproduz as células bióticas que se prestam aceleradamente a combater o foco infeccioso procurando restaurar a saúde do organismo do qual faz parte.

Assim como as células brancas ou leucócitos se multiplicam para defender o organismo humano do ataque de um corpo viral ou de um exército bacteriológico, cancerígeno ou infeccioso, a sociedade humana gera um exército de células brancas, células sociais bióticas cuja função é, por um lado assegurar a sua própria sobrevivência e por outro, contribuir para a regeneração do tecido social contaminado que sustenta o organismo humano no seu conjunto. São as organizações civis, ONGs, fundações, associações sem fins lucrativos, e as redes de pessoas que desde meados do século passado contribuem para uma sociedade sustentável, permanente, ecológica, pacífica e em harmonia com o seu meio, o equivalente social às células bióticas.

 
 
 
 

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