
A reforma do pensamento implica o confronto da complexidade com ajuda de instrumentos, de conceitos capazes de relacionar os diferentes saberes que estão à nossa disposição actualmente. Trata-se de algo vital para esta era planetária. Esta reforma do pensamento, que precisa por sua vez de uma reforma da educação, não está em marcha em nenhum sítio e é, sem dúvida, necessária.
No século XVII, Pascal compreendeu já até que ponto tudo está vinculado, reconhecendo que “cada coisa é ajudada e ajudante, causada e causadora” - inclusivamente tinha o sentido da retroacção, o qual é admirável para a sua época -, “e estando tudo relacionado com um vínculo invisível que une as partes entre si, parece-me impossível conhecer as partes sem conhecer o todo, assim como conhecer o todo sem conhecer as partes”. Eis a sua frase chave. A educação deveria tender para esta aprendizagem.
No século XVII, Pascal compreendeu já até que ponto tudo está vinculado, reconhecendo que “cada coisa é ajudada e ajudante, causada e causadora” - inclusivamente tinha o sentido da retroacção, o qual é admirável para a sua época -, “e estando tudo relacionado com um vínculo invisível que une as partes entre si, parece-me impossível conhecer as partes sem conhecer o todo, assim como conhecer o todo sem conhecer as partes”. Eis a sua frase chave. A educação deveria tender para esta aprendizagem.
Mas, desgraçadamente, temos seguido o modelo de Descartes (contemporâneo de Pascal) que preconizava a divisão da realidade dos problemas. Sem dúvida, o todo produz qualidades que não existem nas partes separadas. O todo não é nunca unicamente a soma das partes. É algo mais.
Edgar Morin
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