INSTITUTO FUTURISTA

“O homem não é capaz de enfrentar altas doses de realidade”

Carl Jung

A nossa mentalidade tem como paradigma a existência de energia barata, de consumo ilimitado, pelo que reconverter o padrão energético da nossa civilização em função de limites é o mesmo que falar numa mudança radical da sociedade, da economia e da sua organização politica assentes no paradigma falso dos recursos infinitos. Por outro lado todas as nossas indústrias e tecnologias estão relacionadas em algum ponto, com produtos ou subprodutos derivados do petróleo e a energia barata que faculta a sua produção. O petróleo produz cerca de 80% da energia consumida pela nossa civilização, directa ou indirectamente.

Algumas opiniões apontam a solução numa visão optimista e talvez ingénua, que o funcionamento do mercado encontrará as soluções para as necessidades actuais através do desenvolvimento de novas fontes de energia e sistemas de produção adequados. Outras opiniões mais pessimistas, apontam um quadro fatalista, onde é impossível satisfazer as necessidades da sociedade.

Uma coisa é certa, teremos que enfrentar este colossal desafio sem metermos a cabeça na areia, negando a sua existência ou acreditando numa solução milagrosa. Um ponto importante a ter em conta é o controlo demográfico e o crescimento extensivo das nossas cidades, já que são factores determinantes do nível de consumo de combustíveis e sua ineficiência. Algumas megacidades certamente deixarão de ser sistemas viáveis de vida. A escala as superará se nada for feito.

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