Área plantada com milho em 2007 deverá ser a maior em 60 anos.
" A forte demanda pelo milho nos Estados Unidos, por parte da indústria local do etanol e dos países importadores, deve elevar a área plantada a níveis não vistos desde a segunda guerra mundial. A estimativa, divulgada hoje, foi feita na Universidade de Purdue, no Estado de Indiana.
“Não há dúvida de que vamos precisar de um grande aumento no plantio de milho em 2007″, afirma Chris Hurt, economista agrícola ligado à instituição. Para ele, a expansão é impulsionada principalmente pela indústria do etanol, mas também pela forte demanda externa.
Em 2006, cerca de 2,1 bilhões de bushels serão usados para a produção de álcool nas 106 destilarias em funcionamento nos Estados Unidos. Até o final do ano que vem, um volume adicional de 1,4 bilhão de bushels será demandado para atender a 53 plantas novas ou expandidas, afirma Hurt, citando números da Associação dos Combustíveis Renováveis dos Estados Unidos.
“Em termos de área, podemos ter um aumento superior a 4 milhões de hectares, para 35 milhões ou 36 milhões de hectares”, afirma Hurt. Se a estimativa for confirmada, será a maior área plantada com milho desde 1946. “Estamos diante de um fenômeno de 60 anos”, acredita o economista.
Durante e logo após a 2ª Guerra, os produtores dos Estados Unidos plantaram uma grande quantidade de milho a fim de exportar para os aliados europeus, recorda o especialista. Nos anos seguintes, o desenvolvimento de híbridos de alta produtividade e outros avanços técnicos tornaram possível um crescimento da produção sem expansão significativa de área.
Este ano, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projeta uma produção de 10,91 bilhões de bushels - a terceira maior da história, embora aquém do volume alcançado no ano passado, de 11,11 bilhões.
Com a demanda pelo milho americano em alta em 2007 e o potencial de produção ainda desconhecido, os preços da commodity devem “ir além do teto”, na opinião do economista, “especialmente se ocorrerem contratempos que afetem a produção”. Hurt estima o preço médio da commodity em US$ 3,40/bushel em 2007. Para este ano, o USDA projetava uma cotação média de US$ 2,60/bushel.
Caso os agricultores dos Estados Unidos sigam os preços e aumentem fortemente o cultivo de milho, o plantio de outras commodities será sacrificado. As áreas de algodão, no Sul do país, e de trigo de primavera, nas Grandes Planícies, podem ser reduzidas.
Hurt pondera, contudo, que o declínio nessas culturas deve ser “marginal”, de 800 mil hectares no máximo. “A maior parte dos 4 milhões de hectares adicionais para o milho terão de vir do Meio-Oeste, ou seja, de áreas hoje dedicadas à soja”, afirma. As informações são da Dow Jones."
via: tudo sobre plantas
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