… quem não trataria de loucos, e como loucos graves, aqueles que levam uma vida totalmente diferente da dos outros mortais ?
E aqui vem a propósito Platão, que imaginou uma caverna repleta de pessoas presas, uma das quais conseguia fugir mas, depois de levar muito tempo vagando sem destino, regressa à caverna e grita aos companheiros :
- Amigos, inspirais-me piedade ! Somente podeis ver sombras e fantasmas, em suma, sois verdadeiramente loucos. Bem diversa é a minha situação, pois só vi coisas sensíveis, existentes, reais.
Então, do seu canto, os encarcerados, que nunca haviam saido do subterrâneo, entreolhando-se com surpresa, exclamam:
- Que nos pretende dizer este louco ? Com certeza perdeu o juízo.
Fragmento do "Elogio da Loucura" de Erasmo,
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