INSTITUTO FUTURISTA

Iconarmadilhemos a verdade para que ninguém lhe toque.

As centrais nucleares são bombas atómicas que produzem electricidade





Porquê as centrais nucleares não respeitam o meio ambiente?


Porque as centrais nucleares são, na realidade, bombas atómicas que produzem electricidade.

Porque são uma fábrica de Plutónio (Pu-239), um elemento inexistente tanto na biosfera como na crosta terrestre. O Pu é um elemento extremamente tóxico (química e radioactivamente), e, além disso, é um material básico para fabricar bombas atómicas que os arsenais militares e militaristas procuram (10Kg de Pu é suficiente). Uma central nuclear de 1.000MW de potência eléctrica produz entre 200 a 300 kg de Pu-239 cada ano, quantidade suficiente para fabricar entre 20 a 30 bombas atómicas.

Porque emitem, em funcionamento normal, para a água e para o ar, quantidades nada desprezíveis de radioactividade. Uma central nuclear de 1.000MW de potência eléctrica emite na ordem de 9.500 Becquerelios por cada kWh gerado. Isto significa mais de 240 mil milhões de Bq por cada ano de funcionamento (1Bq = 1 desintegração/segundo).

Porque para obter o combustível que precisa para iniciar o seu funcionamento, uma central nuclear de 1.000MW(e) requer a extracção do subsolo de mais de um milhão de toneladas de Urânio, removendo mais de seis milhões de toneladas de rochas (o simples facto de extrair Urânio do subsolo significa introduzir na biosfera produtos radioactivos que permaneciam até à sua extracção, retidos na crosta terrestre de forma segura, contribuindo para o envenenamento radioactivo dos sistemas naturais). Uma vez extraídos estas colossais quantidades de mineral Urânio, são transportados para as fabricas de concentração do mineral, donde, por procedimentos mecânicos e químicos, obtém-se umas 1.000 tons de óxido de Urânio (U308) ou torta amarela (yellow cake), gerando-se neste processo mais de um milhão de tons de resíduos sólidos e líquidos, denominados estéreis do minério de Urânio (que contem 85% da radioactividade original do mineral), os quais permanecem abandonados nos arredores das fábricas de concentrados emitindo radioactividade (Rádon-222) para o ar e lixiviando produtos radioactivos nas águas superficiais e subterrâneas durante séculos. Da torta amarela, nas fabricas de conversão, obtém-se mais de 1.000 tons de Hexafluoro de Urânio (um gaz) com o qual, nas fábricas de enriquecimento obtém-se um pouco mais de 100 tons de Hexafluoro de Urânio enriquecido no seu isótopo U-235, o qual, depois se converte em 85 tons de óxido de Urânio (sólido) que servem para a fabricação das barras de combustível contidas na primeira carga do reactor nuclear. Em cada uma das fases, fábricas de conversão, fábricas de enriquecimento, fábricas de combustível, geram-se quantidades nada desprezíveis de resíduos radioactivos, entre eles Urânio empobrecido (mais de 1.000 tons por cada carga inteira de combustível num reactor) que a indústria nuclear concede a custo zero, às fabricas de armamento para serem utilizadas no recobrimento de todo o tipo de munição (desde mísseis até às balas).

Porque para obter o combustível que precisam para o seu funcionamento, as centrais nucleares necessitam gastar enormes quantidades de combustíveis fósseis (contribuindo para a emissão de grandes quantidades de gases de efeito de estufa): para a extracção do mineral de Urânio na mina, para o tratamento do mineral nas fábricas de concentrado para obter a torta amarela; para a transformação do óxido de Urânio em hexafluoro de Urânio para obter Urânio enriquecido no seu isótopo U-235; para a transformação do hexafluoro de Urânio enriquecido em óxido de Urânio enriquecido necessário para fabricar o combustível nuclear que necessita qualquer central nuclear necessita. E para o transporte desde as minas às fábricas de concentração do mineral, destas às fábricas de transformação, destas às fábricas de enriquecimento, destas às fabricas de combustível e destas aos reactores.

Porque se realizarmos uma análise do ciclo de vida de uma central nuclear conclui-se que as emissões de gases de efeito de estufa são entre uma terça e uma quinta parte das emissões de uma central térmica de ciclo combinado de gás de igual potência, sempre que o Urânio se obtenha de minérios de elevada riqueza. No caso em que proceda de minérios de baixo conteúdo de Urânio, uma central nuclear e todo o seu ciclo ( da fase a montante e a jusante à central) podem gerar mais gases de efeito de estufa que uma central térmica de ciclo combinado de igual potencia.

Porque cada ano se deve substituir uma terça parte do combustível nuclear contido no núcleo do reactor. E o combustível descarregado anualmente contem umas 30 tons de Urânio (com um conteúdo de U-235 superior a 0,7%), entre 200 e 300 kg de Plutónio, mais uns 1.000kg de produtos de desintegração e actínidos, passando a engrossar os denominados resíduos que devem ser armazenados e isolados da biosfera, de forma permanente, durante milhares de anos.

Tudo isto, em funcionamento normal, no caso de acidente as consequências podem ser catastróficas, como o demonstrou o acidente da central nuclear Lenine, de Chernobil.

Este é o legado de envenenamento radioactivo que uma central nuclear nos deixa.

Grupo de Científicos e Técnicos por um Futuro não-Nuclear

 
 
 
 

Enviar um comentário 0 comentários:

Enviar um comentário