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Políticas e estratégias no sector das energias renováveis não são cumpridas

Publicamos na íntegra uma notícia editada no Primeiro de Janeiro, assinada por Isabel Fernandes sobre uma interessante palestra dada no Porto pelo prof. Eduardo Oliveira Fernandes:

Portugal vê-se confrontado, muitas vezes, com “políticas sem estratégias e com estratégias sem políticas”, mas no caso das energias “existem os dois itens [política e estratégia] e o Governo ignora-os”. O professor catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Eduardo Oliveira Fernandes apontou este caso como um exemplo de que os governantes portugueses conseguem ser originais em todas as situações.
Incompreensível para Eduardo Oliveira Fernandes é, por exemplo, o facto de o IVA que se paga para isolar uma habitação ser taxado a 21 por cento e a energia gasta no aquecimento da mesma habitação estar sujeito à taxa de cinco por cento. “E isto só acontece por ignorância do Governo. Não sabem que existe esta diferença”, explicou ontem o professor para uma plateia que se reuniu, na Universidade Lusófona do Porto, para ouvir falar de «Energias renováveis e política energética». Mas, para o facto, o orador tem uma explicação: “Não sabem porque não têm tempo para assistirem a palestras”.
Conceitos
Num humor irónico que acompanhou toda a intervenção, cujo propósito assentou no esclarecimento de conceitos, onde existe ainda “ambiguidade e distorção”, Eduardo Oliveira Fernandes não deixou de falar de “política energética”. Neste esclarecimento de definições, o professor da FEUP sublinhou o facto de ninguém produzir energia, o que se faz – esclareceu – é “conversão energética”, ou seja, “a passagem da energia primária à energia útil”. E porque falou de política energética, o especialista debruçou-se em política de eficiência que distinguiu entre o lado da oferta e o lado da procura. E neste lado (no da procura) apontou “a necessidade de muita política”. Mas – defendeu – “tem que ser uma política de informação, responsabilização social, inteligência, competência e racionalidade”. Atingir os objectivos impostos pela União Europeia para que até 2020 se reduza o consumo energético em 20 por cento deve assentar em planos de acção anuais em matéria de eficiência energética a nível nacional, que “nada tem a ver com poupança” (que é restrição), frisou.
No último dos dois dia em que decorreu o seminário sobre energia na Universidade Lusófona do Porto, Carlos Lage, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, mostrou optimismo na capacidade que o Homem terá em “encontrar formas de resolver os problemas energéticos dentro de, no máximo, 40 anos”.

 
 
 
 

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