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reformar o mercado

Hazel Henderson

O mantra de economistas, banqueiros centrais, Banco Mundial, FMI e outros consultores para países em desenvolvimento clama, acima de tudo, por uma reforma no mercado. Desembrulhando o jargão, isso significa que eles querem desregulamentação, comércio livre, privatização, moedas conversíveis, crescimento via débito e exportação e mercados de trabalho flexíveis – resumido como o “Consenso de Washington”.

Hoje, a reivindicação está se transformando em demanda por reformas do mercado e do capitalismo, bem como do estreito “scorecard” econômico de progresso, o Produto Interno Bruto (PIB). Stravos Dimas, Comissário Europeu do Meio Ambiente liderará a conferência Além do PIB, prevista para novembro de 2007 no Parlamento Europeu (www.beyond-gdp.eu).

Hoje em dia, a receita do tipo “tamanho único” para o crescimento econômico, medido pelo PIB, está sendo questionada em outros terrenos, além do social e ambiental. A razão é que a visão geral ofercida por esse modelo é falha. A cúpula do G-8 na Alemanha e os CEOs corporativos em Davos preocupam-se com o caos do clima global e o grupo US-CAP, relacionado a eles, exigem limites mandatários para a própria emissão de carbono. Com o fracasso dos diálogos comerciais na OMC, a crescente lacuna entre ricos e pobres, os efeitos da globalização, a diminuição de postos de trabalho manual e, cada vez mais, de trabalho administrativo, a procura por almas conscientes continua. Não há como assegurar ao cidadão mediano que qualquer novo pensamento derivado dessas políticas esteja no horizonte.

Os europeus estão liderando o novo debate e já dão preferência à economia de mercado social mista. A China modificou o modelo do Consenso de Washington, criando sua própria economia social, onde os mercados são vistos como “bons servidores, mas mestres ruins”. Hoje, a maioria dos países latino-americanos está rejeitando a fórmula dos EUA, em prol dos modelos europeu e chinês. Há alguns anos, as economias de Taiwan, Coréia do Sul e Singapura prosperaram no modelo asiático de mercado, dirigido e regulado pelo governo. (mais aqui.)

 
 
 
 

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