Só agimos sob o fascínio do impossível: o mesmo é dizer que uma sociedade incapaz de dar à luz uma utopia e de se lhe entregar se encontra ameaçada de esclerose e de ruína. A sabedoria, que nada pode fascinar, recomenda a felicidade dada, existente; o homem recusa-a, e só essa recusa faz dele um animal histórico, quero eu dizer um amador de felicidade imaginada.
Quem não conhece a tentação de ser o primeiro na cidade nada compreenderá do jogo político, da vontade de submeter os outros para deles fazer objectos, nem adivinhará os elementos de que é composta a arte do desprezo. A sede de poder, raros são aqueles que não a tenham num ou noutro grau experimentado: é-nos natural...
Todos os homens são mais ou menos invejosos; os políticos são-no absolutamente. Quem se transforma num deles só o faz na medida em que não suporta ninguém acima de si ou do seu par.
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