INSTITUTO FUTURISTA

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Vaclav Klaus inconveniente...


Publicamos excertos de uma entrevista dada pelo presidente checo Vaclav Klaus a um jornal de economia checo, o “Hospodárské noviny” sobre o aquecimento global, cuja opinião muito crítica sobre o politicamente correcto que invadiu esta problemática concordamos em absoluto:


O IPCC divulgou seu relatório, e o senhor diz que o aquecimento global é um falso mito. De onde o senhor tirou esta idéia?

A ideia não é minha. O aquecimento global é um falso mito e todas as pessoas e cientistas sérios acham isso. Não é adequado citar o painel da ONU. O IPCC não é uma instituição científica: é um corpo político, uma espécie de ONG temperada de verde. Não é nem um fórum de cientistas neutros nem um grupo equilibrado de cientistas. São cientistas politizados que já chegam com uma determinada opinião e a tarefa de prová-la. Além disso, é uma comédia ridícula que as pessoas não esperem pelo relatório completo em 2007, mas respondam de um jeito tão sério ao resumo dos fabricantes de políticas, em que todos os “mas” são retirados e substituídos por teses hiper simplificadas. Estamos obviamente diante da omissão de muitas pessoas, de jornalistas a políticos. Se a Comissão Europeia vai cair nessa com essa facilidade, temos aí mais uma excelente razão para achar que os países mesmos, e não a Comissão, é que deveriam tomar decisões sobre assuntos similares.

Como o senhor explica que não haja nenhum outro político do mesmo nível na Europa que não defenda este ponto de vista? Ninguém mais tem opiniões tão fortes…

Minhas opiniões sobre este assunto simplesmente são fortes. Outros políticos de primeiro escalão não expressam suas dúvidas sobre o aquecimento global porque o chicote da correcção política os faz calar.


Mas o senhor não é climatologista. O senhor tem conhecimento e informações suficientes?

O ambientalismo enquanto ideologia metafísica ou visão de mundo não tem absolutamente nada a ver com as ciências naturais ou o clima. Infelizmente, também não tem nada a ver com as ciências sociais. Ainda assim, está se tornando uma moda, e isso me assusta. A segunda parte da frase deveria ser: “também temos vários relatórios, estudos e livros de climatologistas que apresentam conclusões diametralmente opostas.” É verdade que eu nunca meço a espessura da camada de gelo da Antártida. Não sei medi-la nem pretendo aprender. Mas, sendo uma pessoa de orientação científica, sou capaz de ler relatórios científicos sobre estas questões – como, por exemplo, o gelo na Antártida. Não preciso ser climatologista para lê-los. E nos trabalhos que li não aparecem as conclusões que vemos nos média. Mas eu digo: este assunto me perturba, por isso comecei a escrever um artigo a respeito no último Natal. O artigo cresceu e virou um livro, que será publicado em alguns meses. Terá sete capítulos, um dos quais vai apresentar sistematicamente minhas opiniões sobre a mudança climática. O ambientalismo e a ideologia verde são coisas muito distintas da ciência do clima. Muitas descobertas e clamores de cientistas são abusados por esta ideologia.

Via: o Indivíduo

Palavras acertadas de um grande governante europeu que infelizmente não tem a devida atenção dos media em geral. Uma voz independente, lúcida e de espessura intelectual que contrasta com o blá blá afinado dos eurocratas irrelevantes. Vaclav Klaus: uma verdade muito inconveniente…

 
 
 
 

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