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O petróleo e os mitos da eficiência

via: resistir

Tudo o que os americanos fazem exige transporte porque as nossas casas individuais, assim como nossos empregos e locais de compras, estão todos a consideráveis distâncias uns dos outros, excepto nas nossas cidades maiores e mais densas. O automóvel privado impera. Tudo o que compramos numa loja chegou ali em camião. Dois terços do consumo de petróleo estado-unidense cabe ao transporte, a maior parte do qual aos automóveis privados. Os preços do petróleo e da gasolina são componentes chave das situações financeiras nacional e pessoais, assim como a produção e o consumo de petróleo e gasolina são as causas fundamentais do dano ambiental bem como de mortes e prejuízos não naturais. O transporte em massa é minimizado nos EUA e habitualmente sobrevive à míngua de apoio financeiro, quando existe.

Este sistema, se bem que muito lucrativo para certas indústrias e empresas, nunca foi "eficiente" a menos que se equipare lucratividade com eficiência, como se os lucros fossem medidos pela eficiência. Quando se leva em conta os custos não incluídos na contabilidade corporativa, a dita "eficiência" rapidamente desaparece. Os lucros são positivos para muitas corporações envolvidas directa ou indirectamente no transporte, porque elas não levam em conta os custos das mortes e prejuízos de dezenas de milhares de famílias afectadas todos os anos por acidentes automobilísticos. Mesmo as companhias de seguros contam apenas o que têm de pagar por estes acidentes, os quais são muito diferentes dos custos para toda a vida dos envolvidos nos mesmos. As corporações não começaram a medir, sem dizer contar, todos os custos da poluição do ar, da água e do solo. Ninguém repara no custo de guerras dispendiosas tais como a do Iraque, empreendida em parte para assegurar o petróleo desesperadamente necessário.

Em parte tais custos são impossíveis de medir, uma vez que afectam muitas pessoas de diferentes formas e prolongam-se num futuro não conhecível. Mas eles são custos muito reais. Eles tornam as habituais declarações acerca da "eficiência" do sistema americano de transporte baseado no automóvel privado, e da sua economicidade, no mínimo brincadeiras trágicas.

Rick Wolff

 
 
 
 

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