INSTITUTO FUTURISTA

Iconarmadilhemos a verdade para que ninguém lhe toque.

Até à escala nano





Guia interactivo muito interessante sobre a nanoescala

Link New Scientist
via BFI

 
 

As Bio-Fibras


"Six decades of polymer and fiber know-how demonstrate DuPont leadership in the world of making innovative products. As a result of this experience, DuPont has developed specific technology for the cost-effective production of Sorona® 3GT™ fiber. DuPont also has developed a dominant portfolio of patents in the production of Sorona® products as well as manufacturing expertise. These include Bio-PDO™ corn-derived chemical/1,3-propanediol, continuous polymerization, differentiated polymers, additives or modifiers, fiber spinning, fiber end uses, and recycling. Sorona® is one member of a family of polymers based on Bio-PDO™ corn-derived chemical/1,3-propanediol.
A joint venture between DuPont and Tate & Lyle PLC has been formed to produce 1,3-propanediol (PDO), the key building block for DuPont™ Sorona® polymer, using a proprietary fermentation and purification process based on corn sugar. This bio-based method uses less energy, reduces emissions and employs renewable resources instead of traditional petrochemical processes.

In addition to the above-mentioned advantages, other benefits of transitioning to a bio-based process for manufacturing PDO include use of a smaller environmental footprint, lower manufacturing costs, less needed capital and a more reliable supply of feedstock.
The new company, DuPont Staley Bio Products Co., LLC, is equally owned by DuPont and Tate & Lyle and will be based in Wilmington, Delaware."

Link DuPont

 
 

A intersecção da Arte, Ciência e Tecnologia

Extensa base de dados de múltiplas perspectivas sobre as diversas áreas de investigação artística, científica e tecnológica.
Baseado no livro Information Arts de Stephen Wilson professor no Art Dept, San Francisco State University,

Imprescindível para compreender o Mundo Novo

Link
A intersecção da Arte, Ciência e Tecnologia.

 
 

A Force More Powerful

O único jogo para PC sobre a luta não violenta. O jogador é confrontado com o papel de planear um movimento não violento visando a mudança social – um papel desafiador, exigente e muitas vezes perigoso.

AFMP é acima de tudo um jogo de estratégia, dando prioridade às ideias abstractas e planeamento, em detrimento dos reflexos, coordenação ou pensar rápido.

O jogo é governado por modelos interactivos de factores como: estratégia política, questões étnicas e religiosas, literacia, economia e muitas outras variáveis. As tácticas incluem factores como o treino, captação de fundos e organização, protestos, greves e outras acções de massas . As decisões do jogador terão que ter em conta os aspectos do grupo que escolheu para levar a cabo a sua estratégia, ponderando sobre os benefícios e custos de cada decisão.

Link A Force More Powerful

 
 

Os telhados verdes





















Link
Wikipedia

 
 

O sistema Geotérmico















Link BBC News
via WorldChanging

 
 

O modelo THOR

O Instituto de Pesquisa Ambiental da Dinamarca (NERI), desenvolveu um modelo (THOR) integrado medidor da poluição do ar com uma previsão muito fiável de 3 dias. Combinando dados meteorológicos e de poluição locais e regionais, este modelo indica a qualidade do ar através de dispositivos colocados nas ruas. O design destes dispositivos via Open Source, têm múltiplos e variados aspectos.

Um projecto a seguir atentamente.


“The Environmental Control Agency
In Copenhagen it is the Environmental Control Agency that distributes these data to the citizens on this page. There are five categories of pollution: Warning, high, above average, average and below average. The same system is used in the indicator.

Measuring
One of the air measuring stations is on the street with the heaviest traffic in Copenhagen: H.C. Andersens Boulevard with 70.000 vehicles daily passing by the city hall. When comparing these measurements with the prognosis of THOR the model proves itself. The THOR model has the advantage that it can calculate pollution levels locally on more streets in the city.

Harmful substances in the air
Carbon dioxide CO2, contributes to global warming.
Carbon monooxide CO, from gasoline cars substitutes oxygen in the blood.
Nitrogen oxides NOx, Can pose health problems especially to people with asthma or bronchitis.
Ozone O3: Caused by pollution from traffic and industry. Can cause trouble in breathing.
Particles: Especially from diesel cars and by air borne circulation of dust and pollen, causes problems especially for people with respiratory or heart conditions.”


Link Public Air Quality Indicator

 
 

Futurefarmers


In 1995, Futurefarmers was formed by Amy Franceschini. Futurefarmers is a New Media construct specializing in creative investigation and development of new work. Through collaboration, we explore the relationship of concept and creative process between interdisciplinary artists. The studio has gained international acclaim for its uniquely evocative visual style and fresh approach to design. Equally comfortable in new and traditional media, Futurefarmers has completed distinctive print and electronic assignments for clients including Adobe, Swatch, Hewlett Packard, Levi's, Autodesk, Nike, LucasFilm, Greenpeace, PBS, NEC and MSNBC.

 
 

Eco-arquitectura na Cidade Imperial











A China despede-se da arquitectura de massas monótona e repetitiva. Steven Holl quebrou o modelo com o seu projecto para Pequim, Linked Hybrid. Um complexo habitacional de 700 apartamentos para 2500 pessoas com um sistema de climatização geotérmico regulador da temperatura interior. A circulação da água pelo edifício funciona como um radiador gigante durante o Inverno e um refrigerador durante o verão. Não existe qualquer tipo de caldeira ou aparelho de ar condicionado.

Via we-make-money-not-art

 
 

VisualComplexity












Redes de redes. “O mistério da vida começa com um intrincado de redes e interacções integrando milhões de moléculas em cada organismo. A nossa vida diária é uma experiência de “networks” constante desde o transporte à comunicação.

VisualComplexity.com intends to be a unified resource space for anyone interested in the visualization of complex networks. The project's main goal is to leverage a critical understanding of different visualization methods, across a series of disciplines, as diverse as Biology, Social Networks or the World Wide Web. I truly hope this space can inspire, motivate and enlighten any person doing research on this field.

Not all projects shown here are genuine complex networks, in the sense that they aren’t necessarily at the edge of chaos, or show an irregular and systematic degree of connectivity. However, the projects that apparently skip this class were chosen for two important reasons. They either provide advancement in terms of visual depiction techniques/methods or show conceptual uniqueness and originality in the choice of a subject. Nevertheless, all projects have one trait in common: the whole is always more than the sum of its parts.


Link VisualComplexity

 
 

Waste not. Profit more.™

A GreenFuel desenvolve um sistema original de reciclagem de 86% de NOx e 40% de CO2 dos gases poluentes emitidos pelas chaminés das nossas fábricas, convertendo-os em biocombustíveis limpos. Acresce a esta tecnologia revolucionária o facto de usar apenas a energia solar como recurso energético. Como? Utilizando o cultivo da algas em bioreactores verticais e expostos à luz solar, alimentadas pelos gases poluentes emitidos. As algas funcionam como esponjas absorventes de NOx e CO2 sendo posteriormente tratadas para diversos fins, desde a alimentação à produção de biocombustíveis.

Limpa, renovável, lucrativa. GreenFuel.

 
 

casa micro compacta

















"The design of the micro compact home has been informed by the classic scale and order of a Japanese tea house, combined with advanced concepts and technologies in Europe.

The tiny cube provides a double bed on an upper level and working table and dining space for four or five people on a lower level. The kitchen bar is accordingly arranged to serve these two levels. The entrance lobby has triple use and functions as a bathroom and drying space for clothing. Storage is provided off each of these four functioning spaces."

Link micro compact home

 
 

Conhece-te a ti próprio














Link Personality Tests

 
 

Células ao vivo !


Imagens capturadas em vídeo e optimizadas para computador de células vivas e outros organismos.
Surpreendente website de James A. Sullivan sobre os mais diversos aspectos da vida microscópica.

Link CELLS alive!

 
 

4º Forum Mundial sobre a Água - Março 2006

















“A água é um recurso finito e um imperativo para o desenvolvimento sustentável, crescimento económico, estabilidade politica e social, saúde e para a irradicação global da pobreza. A questão da água tem cada vez mais importância na agenda internacional nomeadamente o aumento da procura global . Mais de 1 bilião de pessoas actualmente não têm acesso a água potável e prevê-se que 2.7 biliões de pessoas, ou seja um terço da população mundial tenha carência de água por volta de 2025.”


 
 

Olho de Gato (NGC 6543)























Imagem da Nebulosa Planetária do Olho de Gato (NGC 6543), uma das nebulosas planetárias melhor conhecidas do céu. A imagem revela a bela simetria desta nebulosa, especialmente na região central. Também se pode observar o halo ténue de material gasoso que a envolve, extendendo-se até uma distância de 3 anos luz.

A imagem foi obtida pelo Telescópio Óptico Nórdico (NOT), situado no Observatório Roque de los Muchachos do Instituto de Astrofísica das Canárias. As cores (falsas) representam a emissão de luz por parte de átomos de diversos elementos químicos: o vermelho provém de átomos de Azoto enquanto que as tonalidades verdes e azuis têm origem em átomos de Oxigénio. Os Astrónomos calculam que as regiões mais externas do halo têm entre 50.000 e 90.000 anos.

As nebulosas planetárias são produzidas nas últimas etapas da vida de uma estrela semelhante ao nosso Sol. Quando o seu combustível nuclear acaba, a estrela não consegue contrariar a força da gravidade e colapsa sobre si mesma. Este facto provoca uma subida da sua temperatura e permite o inicio de novas reacções nucleares no seu interior. Em seguida (quando a estrela se converte numa estrela Gigante Vermelha e finalmente acaba como uma estrela Anã Branca), mais de metade da sua massa é expelida através de fortes "ventos estelares". Quando este gás expelido pela estrela é aquecido até cerca de 10.000 graus por acção da radiação do núcleo da estrela, forma-se um dos objectos astronómicos mais belos, uma Nebulosa Planetária.

via Portal do Astrónomo

 
 

Wisions

“O desenvolvimento sustentável é possível. Numerosas contribuições inovadoras de diferentes países, áreas de investigação e instituições provam que a reconciliação de factores económicos, ecológicos e sociais não é uma utopia irrealista.
Tivemos um início promissor, mas o grande desafio que nos é colocado neste século é saber como usar os recursos mais eficientemente mantendo um equilíbrio ecológico e social.”

Wisions é uma iniciativa do Wuppertal Institute para o Clima, Ambiente e Energia com o apoio da fundação suiça ProEvolution para a investigação de projectos sustentáveis ligados a energia.

Link

 
 

A "revolução silenciosa"


Turbina eólica de eixo vertical, a quietrevolution foi desenhada e desenvolvida pela empresa londrina XCO2. Silenciosa e sem vibrações adapta-se perfeitamente a espaços urbanos ou públicos. Design simples e robusto, com apenas uma peça móvel, maximizando assim a segurança e minimizando a sua manutenção.

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Singapura sustentável


Today, Singapore is cited as a perfect example of a wellplanned and sustainable city. This 697 sqkm citystate has emerged as a beautiful city primarily because of its approach to urban development.

Planning is key

Singapore owes its transformation from a colonial town to a high-tech city to visionary Lee Kuan Yew who is credited with not just with building the region's finest infrastructure of roads, airport, port and communication networks, but also upgrading its economy. During the 1960s, Singapore not only faced a severe housing shortage but it also suffered from inadequate infrastructure and high rate of unemployment.

Over the next 30 years, its leaders were committed to beautifying the city and improving its economy. New towns emerged, land was set aside for industries and a good transportation network and infrastructure came up. Planning was, in fact, the key to its transformation.

Planning with a long-term perspective, integrated planning , and planning for implementation are the three principles on which Singapore's development has and is taking place. A long-term perspective for a period of 40-50 years was adopted and a strategic land use and transportation plan called the Concept Plan, which is reviewed every 10 years, was devised.

An integrated approach means all land use demands and requirements are accounted for like transport and utility, commercial and residential spaces etc. Since many agencies, both government and private, are involved, an inter-agency committee coordinates between them. Lastly, it is ensured that plans charted out are implemented successfully with public-private partnership playing a key role.

Link

 
 

Plano Estratégico de Ambiente do Grande Porto


O Plano Estratégico de Ambiente do Grande Porto é o maior processo de participação pública desenvolvido em Portugal: mais de 4000 cidadãos e 120 entidades participam directamente no seu desenvolvimento. As prioridades foram definidas em conjunto: rios e ribeiros despoluídos; reforço da educação para a sustentabilidade; maior facilidade em andar a pé e de bicicleta; eficaz prevenção dos fogos florestais e defesa da biodiversidade.

Os problemas identificados no Diagnóstico Ambiental Regional, agora tornado público, são em alguns casos dramáticos. A região apresenta problemas graves, muitos projectos para os resolver mas sem sucesso devido à falta de articulação entre entidades.

Está em curso a elaboração de um ambicioso Plano de Acção que irá revolucionar a Área Metropolitana do Porto. Todos são chamados a participar.


Link Futuro Sustentável


 
 

A história da energia






















via DesignBoom

 
 

Edward Burtynsky


Nature transformed through industry is a predominant theme in my work. I set course to intersect with a contemporary view of the great ages of man; from stone, to minerals, oil, transportation, silicon, and so on. To make these ideas visible I search for subjects that are rich in detail and scale yet open in their meaning. Recycling yards, mine tailings, quarries and refineries are all places that are outside of our normal experience, yet we partake of their output on a daily basis.

These images are meant as metaphors to the dilemma of our modern existence; they search for a dialogue between attraction and repulsion, seduction and fear. We are drawn by desire - a chance at good living, yet we are consciously or unconsciously aware that the world is suffering for our success. Our dependence on nature to provide the materials for our consumption and our concern for the health of our planet sets us into an uneasy contradiction. For me, these images function as reflecting pools of our times.

 
 

Suécia diz não ao petróleo

Por volta de 2020 a Suécia prevê tornar-se uma economia virtualmente livre do petróleo, um passo importante na cooperação entre os consumidores e a indústria.
Líder europeia no que concerne ao uso de energia verde, a Suécia obtém 26% do total da sua energia de recursos renováveis enquanto a média europeia está nos 6%. Na última década, o aquecimento das habitações suecas foi convertido para energia geotérmica, explorando a abundância de calor natural, reduzindo assim a importação de combustíveis.
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o Google em Marte


 
 

Inteligência Natural


Todos os organismos – plantas, animais, fungos, algas e bactérias – precisam de crescer, manter-se, alimentar-se e reproduzir-se para assegurar a sustentabilidade a curto e longo prazo. O mesmo pode ser dito em relação aos humanos. Mas o caminho que os humanos industriais tomaram de forma a satisfazer as suas necessidades é muito diferente do caminho da sobrevivência que os restantes organismos progridem, é neste facto que estão as raízes da nossa crise insustentável.

Os organismos não-humanos, na sua maioria, encontram os requisitos básicos de sobrevivência confinados e constrangidos, ao seu ambiente. Dentro do seu contexto-habitat, eles adaptam-se, migram ou extinguem-se. Ambas as adaptações, comportamentais e fisiológicas, ajudam à sobrevivência dos indivíduos a curto prazo, orientando-os para a adaptação genética que sustentam a espécie a longo prazo. Nos últimos 3.8 mil milhões de anos, estas adaptações conduziram à evolução de 30 milhões de espécies – cada uma com as suas especificidades em harmonia com o seu ambiente. Os ecologistas sempre se intrigaram com tal complexidade, eficiência e quão efectivas são estas adaptações. Apesar da imensa variedade, os sistemas naturais – das amibas microscópicas até a biomas inteiros e eco sistemas – partilham pelo menos uma característica, estão limitados pelos constrangimentos ambientais e pelas leis naturais da biologia. Seguir estas leis biológicas é essencial para a manutenção o longo prazo sustentável.

Link Biommicry

 
 

Rocky Mountain Institute







Rocky Mountain Institute is an entrepreneurial nonprofit organization that fosters the efficient and restorative use of resources to make the world secure, just, prosperous, and life-sustaining. We do this by inspiring business, civil society, and government to design integrative solutions that create true wealth.


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World Watch Institute




O WWI oferece investigação interdisciplinar, enfoque global e linguagem acessível. Importante fonte de informação sobre as interacções entre o económico, o social e o ambiental. O seu trabalho tem como objectivo contribuir para uma transição humana social e ambientalmente mais justa – e como atingi-la.

A credibilidade e a acessibilidade dos documentos publicados pelo WWI, tornaram-nos transversalmente populares em todo o mundo; decisores políticos, agentes económicos, comunicação social, estudantes e publico em geral. Desde 1971 que o WWI publica e promove o diálogo aberto sobre questões sociais e ambientais, analisando-as sobre uma perspectiva global e interdisciplinar.

Uma fonte importantíssima sobre o estado do Mundo.

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UltraCell Demos XX25 Micro Fuel Cell


The day where you can say goodbye to lame laptop batteries draws near, as a preproduction unit of the UltraCell XX25 micro fuel cell system was demonstrated at the Intel Developer Forum. The power source’s methanol fuel can keep a laptop going for two days. These fuel cells are hot-swappable, too, so they could keep a laptop running indefinitely, as long as you have fuel. Imagine that, battery life measured in days or weeks rather than hours.


via Gizmodo

 
 

Ashes and Snow


“In exploring the shared language and poetic sensibilities of all animals, I am working towards rediscovering the common ground that once existed when people lived in harmony with animals. The images depict a world that is without beginning or end, here or there, past or present.”
—Gregory Colbert, Creator of Ashes and Snow

Gregory Colbert's Ashes and Snow is an ongoing project that weaves together photographic works, three 35mm films, art installations and a novel in letters. With profound patience and an unswerving commitment to the expressive and artistic nature of animals, he has captured extraordinary, unscripted interactions between humans and animals.

His 21st-century bestiary includes more than 40 totemic species from around the world. Since he began creating his singular work of Ashes and Snow, Colbert had mounted more than 30 expeditions to locations such as India, Egypt, Burma, Tonga, Sri Lanka, Namibia, Kenya, Antarctica, the Azores and Borneo.

The show first opened at the Arsenale in Venice, Italy, in 2002. The Nomadic Museum, the permanent home of Ashes and Snow, debuted in New York in 2005 and is charted to travel the globe with no final destination.

The title Ashes and Snow suggests beauty and renewal, while also referring to the literary component of the exhibition—a fictional account of a man who, over the course of a yearlong journey, composes 365 letters to his wife. The source of the title is revealed in the 365th letter. Colbert's photographs and one-hour film loosely reference the traveller's encounters and experiences described in the letters.

Colbert, who calls animals "nature's living masterpieces," chose to film animals in their native habitats in an effort to be true to each animal's voice. The film can be viewed as a work of art as well as a poetic field study. The film was edited by two-time Oscar-winner Pietro Scalia. It is narrated by Laurence Fishburne, and the musical collaborators include Michael Brook, David Darling, Heiner Goebbels, Lisa Gerrard, Lukas Foss, Nusrat Fateh Ali Kahn and Djivan Gasparyan.

The Ashes and Snow exhibition includes more than 100 large-scale photographic artworks, a one-hour film and two nine-minute film haikus. None of the images have been digitally collaged or superimposed. They record what the artist himself saw through the lens of his camera. While Colbert uses both still and movie cameras, the images are not stills from the film. These mixed media photographic works marry umber and sepia tones in a distinctive encaustic process on handmade Japanese paper. The artworks, each approximately five feet by eight feet, are mounted without explanatory text so as to encourage an open-ended interaction with the images.

 
 

6 Lester Brown - As Emergentes Políticas da Escassez


O primeiro grande teste à comunidade internacional de gerir a escassez revela-se através do petróleo ou através do cereal. No caso último, pode ocorrer quando a China – cuja produção de grão caiu 34 milhões de tons ou 9%, entre 1998 e 2005 – tornar-se num importador gigantesco de 30 milhões, 50 ou mesmo 100 milhões de tons de cereais por ano. Uma procura a esta escala pode subverter totalmente o mercado internacional de cereais. Quando isto acontecer, a China olhará para os EU que controla 40% das exportações mundiais ou seja 200 milhões de tons.

Este cenário revela uma fascinante situação geopolítica. Mais de 1.3 biliões de consumidores chineses com 160 biliões de dólares a seu favor no comércio com os EU em 2004 – o suficiente para comprar o dobro da produção cerealífera americana – competirão com os americanos pelo cereal dos EU, aumentado o preço dos alimentos nos EU. Numa situação semelhante há 30 anos atrás, os EU pura e simplesmente restringiam a exportação, mas agora, a China é o banqueiro dos EU, subscrevendo uma boa parte do deficit colossal americano, comprando mensalmente títulos do Tesouro dos EU.

Dentro de alguns anos os EU deverão carregar diariamente 1 ou 2 barcos de cereais para a China. Esta longa linha de embarcações através do Pacifico será o cordão umbilical fornecendo alimento e a ligação estreita entre ambas as economias. Gerir este fluxo de grão de forma a satisfazer os consumidores de ambos os países ao mesmo tempo que as emergentes destilarias de etanol competem pelas colheitas de grãos, pode tornar-se um sério desafio às políticas internacionais neste novo século.

O modo como o mundo adaptar as vastíssimas necessidades da China, Índia e outros países em desenvolvimento de grão, petróleo e outros recursos ajudará a determinar a situação do stress associado à sobre população. O que irá suceder aos países importadores de baixo rendimento, ajudará a determinar a futura estabilidade politica. E finalmente a resposta americana à crescente procura chinesa de cereais e a respectiva subida de preços dos alimentos nos EU, dir-nos-á muito sobre a capacidade de os países gerirem as emergentes politicas da escassez.

O maior risco eminente é a entrada da China no mercado mundial conjugada com a crescente e diversificada procura de produtos agrícolas para a produção de bio combustíveis provocarão uma subida nos preços do grão que muitos dos países de baixo rendimento não terão capacidade de o comprar. A escalada dos preços dos alimentos num clima político instável pode estilhaçar o progresso da economia global.

As civilizações antigas que seguiram uma via económica ambientalmente insustentável fizeram-no em total isolamento. Mas na actual economia global integrada e interdependente se enfrentarmos um declínio civilizacional, será global e interdependente. O destino dos povos está interligado. Esta interdependência pode ser gerida em mútuo benefício se reconhecermos que o termo “no interesse nacional” é em larga medida obsoleto.


Lester Brown, Plano B

 
 



















An interactive light installation for an audience of one.

 
 

5 Lester Brown - Aprender com o Passado


O 21º século da nossa civilização global não é o primeiro a enfrentar a perspectiva de um declínio económico com efeitos no ambiente. A questão é como vamos responder. Relatos arqueológicos mostram-nos o que aconteceu a antigas civilizações que perante problemas ambientais falharam na resposta.

Como Jared Diamond salientou no seu Collapse, algumas das antigas civilizações que tiveram problemas ambientais conseguiram mudar de rumo a tempo de evitar o declínio e o colapso. Há seis séculos atrás, os Islandeses divisaram que a pastagem intensiva dos seus prados levaria a uma erosão muito rápida dos seus magros solos. Antes que os solos se perdessem e respectivo declínio económico, os Islandeses juntaram-se para avaliar o número de cabeças que os seus prados aguentariam e atribuíram cotas entre eles de forma a preservar os solos e evitar o que Garrett Hardin mais tarde chamou a “tragédia pública”.

Os Islandeses alcançaram as consequências da pastagem intensiva nos seus prados e reduziram o número de cabeças a um nível sustentável. Nós percebemos as consequências da queima de combustíveis fóssil e respectiva emissão de CO2 para a atmosfera e, contrariamente aos antigos Islandeses não conseguimos restringir as nossas emissões de CO2.

Nem todas as sociedades evoluíram como o exemplo dos Islandeses, cuja economia continua próspera produzindo lã. Os antigos Sumérios no 4º milénio AC foram uma extraordinária civilização atingindo um nível nunca alcançado. Construíram um engenhoso sistema de rega que mantinha uma agricultura muito produtiva permitindo a acumulação de alimentos que suportaram a formação das primeiras cidades. Gerir tal sistema de irrigação requeria uma organização social sofisticada. Os Sumérios edificaram as primeiras cidades e a primeira linguagem escrita, a escrita cuneiforme.

De qualquer ponto de vista foi uma extraordinária civilização, mas houve uma provável falha ambiental no projecto do sistema de irrigação que abalou o fornecimento de alimento. A água retida em barragens construídas ao longo do Eufrates, espalhava-se pelos campos através de uma rede de canais. Parte da água era usada na rega, outra evaporava, outra filtrava-se pelo solo. Nesta região como a drenagem do subsolo é fraca, a água infiltrava-se lentamente subindo os níveis freáticos. Ao atingir a superfície do solo a agua evaporava, deixando resíduos de sal nos solos. Com o tempo o sal foi acumulando tornando-os cada vez menos produtivos. Com a acumulação de sal nos solos, o cultivo do trigo reduziu-se drasticamente levando os Sumérios a mudar para a cevada muito mais tolerante ao sal. Isto apenas adiou o declínio Sumério porque trataram os sintomas e não as causas das quedas de produtividade dos solos. À medida que a concentração de sal aumentava, as colheitas de cevada diminuíam. A eventual queda na produção cerealífera armadilhou os fundamentos económicos desta grande civilização. A fertilidade dos solos foi caindo assim como a civilização.

No Novo Mundo tivemos a civilização Maia nascida nas terras baixas da actual Guatemala. Floresceu de 250DC até ao colapso por volta de 900DC. Tal como os Sumérios os Maias desenvolveram uma agricultura de produtividade elevada baseada na elevação de talhões envoltos numa rede de canais de rega.

A morte dos Maias tal como os Sumérios está aparentemente ligada ao falhanço no fornecimento alimentar. Para os Maias foi a desflorestação e a erosão do solo que arruinou a agricultura. As mudanças no clima tiveram o seu efeito destruidor. A falta de comida aparentemente provocou guerras civis entre as cidades pela posse dos alimentos. Hoje esta região está coberta pela selva.

Durante os últimos séculos da civilização Maia, uma nova sociedade emergia na longínqua ilha de Páscoa, 166 quilómetros quadrados de área a cerca de 3200 km a oeste da América do Sul e a 2200 km da ilha de Pitcairn, a população mais próxima. Estabelecida à volta de 400DC esta civilização floresceu numa ilha vulcânica rica em solo e vegetação luxuriante, árvores de 25 metros de altura com 2 metros de diâmetro. Vestígios arqueológicos indicam que a dieta era de origem marítima, principalmente golfinhos – um mamífero caçado a arpão de canoa no mar alto.

A sociedade da ilha de Páscoa floresceu durante séculos atingindo os 20.000 habitantes. À medida que a população foi crescendo, o abate das árvores excedeu o rendimento regenerativo da floresta. Eventualmente as grandes árvores necessárias para a construção de canoas desapareceram, privando os ilhéus da pesca ao golfinho e necessariamente uma retracção no fornecimento de comida. Os achados arqueológicos indiciam, a partir de certa conjuntura histórica, ossos humanos misturados com ossos de golfinho sugerindo um desespero tal que os levou ao canibalismo. Hoje a ilha tem cerca de 2.000 habitantes.

Uma das perguntas sem resposta sobre estas civilizações primordiais é se eles sabiam a causa do seu declínio. Teriam os Sumérios compreendido que a acumulação de sal nas suas terras reduzia o seu rendimento?

Se sim, porque não tomaram as medidas necessárias para baixar os nocivos níveis freáticos?

Tal como hoje o mundo não combate as perigosas emissões de carbono.

Estes são três exemplos de várias civilizações que orientaram a sua economia a um nível insustentável pela natureza e nós vamos pelo mesmo caminho. Qualquer um dos efeitos degradantes do ambiente pode arruinar a civilização tal como a conhecemos. A falha do sistema de irrigação sumério determinou a falha da sua economia assim como pode acontecer ao sistema de combustível fóssil que define a nossa economia moderna. Para os Sumérios a subida dos níveis freáticos condicionou a economia; para nós é a subida dos níveis de CO2 que ameaça quebrar o progresso económico. Em ambos os casos a ameaça não se vê.

O colapso destas civilizações antigas está associado ao declínio do fornecimento de alimentos. Hoje o acréscimo anual de 70 milhões de pessoas aos 6 biliões de pessoas vivas no nosso planeta num momento de declínio dos aquíferos, subida da temperatura e o progressivo encurtamento do fornecimento de combustível, sugere que mais uma vez o fornecimento de comida é a ligação vulnerável entre o ambiente e a economia.

Lester Brown, Plano B

 
 

Buckypaper strong as Steel























Working with a material 10 times lighter than steel—but 250 times stronger—would be a dream come true for any engineer. If this material also had amazing properties that made it highly conductive of heat and electricity, it would start to sound like something out of a science fiction novel. Yet one Florida State University research group, the Florida Advanced Center for Composite Technologies (FAC2T), is working to develop real-world applications for just such a material.

Buckminster Fuller Institute

 
 

Mochila futurista
















Mochila equipada com 3 painéis solares, desenhada para carregar pequenos equipamentos electrónicos como: celulares, cameras, MP3, PDAs, excepto portáteis.


 
 

4 Lester Brown - Aprender com a China


Por muitos anos os ambientalistas apontaram os E.U. como o maior consumidor do planeta, 5% da população mundial consumia perto de um terço dos recursos naturais. Embora correcto no passado deixou de o ser. A China substituiu os E.U. na liderança do consumo de produtos básicos. Entre os 5 produtos básicos de alimentos, energia e mercadorias industriais – grão, carne, petróleo, carvão e aço – o consumo da China eclipsou os E.U. em todos excepto no petróleo. A China alargou a procura do grão, consumindo 380 milhões de toneladas em 2005 versus 260 milhões de toneladas dos E.U. Entre os 3 principais cereais, a China lidera no consumo de trigo e arroz e segue muito perto os E.U. em milho.

Embora o consumo de hambúrgueres, um elemento definido pelo estilo de vida americano, o consumo de 67 milhões de toneladas de carne na China em 2005 está muito longe dos 38 milhões de toneladas comidas nos E.U. Enquanto o consumo de carne no Ocidente varia entre o bife, porco e aves de capoeira, na China o porco domina totalmente. Metade da produção mundial de carne de porco encontra-se na China.

Os E.U. mantêm a liderança no consumo de petróleo. Em 2004 consumiu 3 vezes mais que a China – 20.4 milhões de barris por dia versus 6.5 milhões de barris. Mas a expansão do seu consumo nos E.U. entre 94 e 04 foi de 15%, na China mais que dobrou, eclipsando o Japão como consumidor de petróleo, a China persegue o caminho dos E.U.

O uso de energia na China inclui obviamente carvão que fornece cerca de 2 terços da energia do país. Queima anualmente 960 milhões de toneladas ultrapassando os 560 milhões de tons gastos pelos EU. Com este nível de consumo de carvão e com a escalada no consumo de petróleo e gás natural, é uma questão de tempo até que as emissões de carbono chinesas atinjam e ultrapassem as dos EU, então o mundo terá dois grandes países conduzindo a mudança climática do planeta.

O consumo chinês de aço, um indicador básico do desenvolvimento industrial, está perto das 2 vezes e meia da dos EU, 258 milhões de tons para 104 milhões de tons em 2003. A China está numa fase de construção de centenas de milhar de fábricas, torres de habitação, escritórios, o consumo de aço atingiu na China níveis nunca vistos em qualquer outro país. A China lidera ainda nos celulares, frigoríficos, televisões. Os E.U. ainda lideram em PC e em automóveis mas por pouco tempo.

Dado que a China ultrapassou os EU em consumo dos recursos básicos, permita-nos fazer a seguinte pergunta:

E se a China apanha os EU em consumo per carpita?

Se a economia chinesa continuar a crescer a 8% ao ano, por volta de 2031 o rendimento per capita será igual ao dos EU em 2004, assumindo os modelos de consumo actuais, a China terá em 2031 cerca de 1.45 biliões de consumidores ao nível dos americanos de 2004. Começamos a antever a resposta à nossa pergunta.

Sendo o consumo actual de cereais dos EU, 900 quilos por pessoa incluindo o uso industrial, a valores actuais, o consumo chinês em 2031 será igual a 2 terços da actual produção cerealífera planetária. Se o uso per capita do papel na China em 2031 atingir os actuais níveis americanos, serão necessários 305 milhões de tons de papel – o dobro da actual produção de 161 milhões de tons. Lá se vão as florestas. Se o consumo de petróleo per capita chinês atingir o nível americano, a China usará 99 milhões de barris por dia. O mundo actualmente produz 84 milhões de barris por dia e nunca produzirá muito mais. Isto ajuda a perceber porque a gastadora China está também atenta à criação das políticas da escassez. Se um dia a China atingir os 3 carros por cada 4 habitantes como nos EU, a frota automóvel seria de 1.1 bilião de veículos, bem à frente da actual frota planetária de 800 milhões. Construção de estradas, auto estradas, parques de estacionamento para tal frota, requeria pavimentar uma área igual à da dos arrozais da China seu principal alimento.

A inevitável conclusão a tirar destas projecções é que não há recursos suficientes para a China atingir os níveis de consumo americanos. O modelo económico ocidental – baseado no petróleo, centrado no automóvel e no descartável – não funcionará para os 1.45 biliões de chineses em 2031. Se não funciona para a China também não resultará na Índia que em 2031 ultrapassará a China em população. Nem funcionará para os restantes 3 biliões de países em desenvolvimento que continuam sonhando com o “American Dream”. E numa economia mundial cada vez mais integrada, onde países por todo lado competem pelos mesmos recursos – o mesmo petróleo, grão ou ferro – o actual modelo económico não funcionará nem mesmo em países industriais.

Lester Brown, Plano B

 
 

1% for save the Planet









David Brower

 
 

3 Lester Brown - A Natureza do Mundo Novo II

Mesmo com a degradação ambiental provocada pelos sistemas económicos, o mundo extrai negligentemente petróleo a um ritmo insustentável. Geólogos estimam que a produção de petróleo atingirá em breve um pico máximo seguindo-se uma descida. Este choque entre o crescimento contínuo da procura petrolífera e os recursos finitos do planeta faz parte de uma longa série de choques em cadeia. Embora ninguém saiba exactamente quando, a produção petrolífera atingirá o pico, a oferta começa a não satisfazer a procura, conduzindo a um aumento dos preços.

Neste novo mundo, o preço do petróleo começa a concertar o preço dos alimentos, não pelo aumento dos combustíveis para os agricultores e indústrias alimentares mas devido ao facto de quase tudo que comemos poder ser convertido a combustível. Neste novo mundo de altos preços de combustível, supermercados e postos de combustível competirão no mercado por produtos como o açúcar, milho, soja e trigo. O trigo que entra no mercado pode ser convertido em pão para os supermercados ou em etanol para o posto de combustível. O óleo de soja pode ser vendido nas prateleiras do supermercado ou pode ser transformado em biodiesel. De facto, os 800 milhões de proprietários de carros competirão pelos recursos alimentares com 1.2 biliões de pessoas que vivem com menos de 1 dólar por dia.

Confrontados com a insaciável procura de combustível, os agricultores abatem ainda mais a floresta para alargar o cultivo de cana-de-açúcar, óleo de palma e outros produtos de alto rendimento combustível. Entretanto biliões de dólares de investimento privado orientar-se-ão neste esforço. O aumento do preço do petróleo gera um novo e colossal desafio à biodiversidade planetária. A escalada de preços das mercadorias agrícolas implica uma mudança no comportamento tradicional do comércio internacional, tentando deste modo controlar os fornecimentos. Países fortemente dependentes de importação de grãos para alimentos preocupam-se seriamente com a pressão sobre os preços dos alimentos pelas destilarias de combustível. A deterioração da segurança do petróleo implica a deterioração da segurança alimentar. À medida que o papel do petróleo recua, o processo de globalização inverte-se-á em aspectos fundamentais.

Com o mundo em torno do consumo petrolífero no último século a economia da energia globalizou-se com forte dependência dos fornecimentos de um punhado de países no Médio Oriente. Agora assistimos a uma viragem para a eólica, solar e geotérmica, assistimos ao aparecimento da economia mundial da energia.

A globalização da economia dos alimentos também se inverterá à medida que os preços altos do petróleo cobrirem o custo do transporte internacional dos alimentos. Em resposta os alimentos consumidos serão cada vez mais produzidos localmente.

O mundo enfrenta a emergência de uma geopolítica da escassez, visível nos esforços da China e Índia e outros países em desenvolvimento, de assegurarem o acesso a fontes de combustível. Num futuro próximo, o objectivo será assegurar o acesso não só ao petróleo do Médio Oriente mas também ao etanol brasileiro ou ao grão norte-americano. Pressões sobre o solo e aquíferos, já excessivos, serão intensificados pela escalada da procura energética dos biocombustiveis . A geopolítica da escassez é o primeiro sinal de uma civilização em modo Pressão/Colapso, tal como aconteceu nas cidades Maias, a competição por comida nos agonizantes anos de escassez.

Não é preciso ser um ecologista para reconhecer que se a tendência das coisas não se alterar a economia global tenderá para um longo “crash”. Não é por ignorância que baqueamos, os governos nacionais devem estabelecer medidas tendentes a estabilizar a população e reestruturar a economia antes que seja tarde. Se olharmos para o que acontece na China ajuda-nos a ver e a tomar as medidas necessárias e urgentes.

Lester Brown planoB (cont)

 
 

2 Lester Brown - A Natureza do Mundo Novo


E
ntramos recentemente num novo século, mas entramos também num mundo novo, onde a colisão entre a nossa procura e a capacidade do planeta de a satisfazer começa a ser notícia diária; colheitas destruídas por onda de calor, uma vila abandonada devida à expansão do deserto, um aquífero esgotado, etc.

Se não actuarmos rapidamente, estes exemplos mais ou menos isolados, serão cada vez mais e mais frequentes, acumulando e combinando, determinarão o nosso futuro. Recursos acumulados durante eras de tempo geológico são consumidos no tempo de uma vida humana. Transgredimos o limiar invisível da natureza sem que o reconheçamos. Há limites determinados pela natureza, não politicamente negociáveis.


A natureza tem vários limiares que descobrimos demasiado tarde. Neste mundo acelerado apercebemo-nos que atravessamos esses limiares muito tarde, com pouco tempo para ajustamentos. Por explo, quando excedemos o limite sustentável da pesca, os stocks encolhem. Uma vez ultrapassado o limite temos pouco tempo para recuar e travar a pesca intensiva. Se falharmos a avaliação do limiar, os stocks encolhem até ao ponto que deixa de ser viável, entrando em colapso. Sabemos das antigas civilizações, que os indicadores principais do declínio económico foram ambientais e não económicos. Primeiro foram as árvores, depois o solo arável, e finalmente a própria civilização. Para os arqueólogos a sequencia é bastante familiar.


Hoje a situação é muito mais complexa porque além do desaparecimento das florestas e a erosão dos solos, enfrentamos o encolhimento dos aquíferos, destruição de colheitas pelas ondas de calor cada vez mais frequentes, pesca em colapso, expansão do deserto, morte dos recifes, fusão de glaciares, tempestades mais violentas, espécies em extinção e o muito próximo aperto no fornecimento de petróleo. Embora esta ecologia destruidora seja cada vez mais evidente, a sua inversão tem sido apenas ao nível nacional e muito pouco ao nível global.


O mundo está no que os ecologistas afirmam, em modo “Pressão/Colapso”, a procura excedeu o rendimento dos sistemas naturais em muitas vezes e em vários locais. Agora, pela primeira vez, ocorre ao nível global; florestas diminuem por todo o mundo, pesqueiros em colapso por todo o lado, o solo deteriora-se em todos os continentes, aquíferos secam em muitos países e as emissões de dióxido de carbono (CO2) excedem a sua fixação. Em 2002, um grupo de cientistas liderado por Mathis Wackernagel, presidente actual da Global Footprint Network, concluiu que a procura do colectivo humano ultrapassou a capacidade regenerativa do planeta à volta de 1980. Os seus estudos publicados pela U.S.National Academy of Sciences, estimaram que a procura global em 1999 excedeu a capacidade regenerativa em 20%. Esta diferença cresce 1% ou mais por ano, estando actualmente mais alargada. O aumento da procura pelos recursos naturais configura o declínio e o colapso.


Numa engenhosa abordagem ao cálculo da presença física do homem no planeta, Paul MacCardy, o fundador e chairman da AeroVironment e designer do primeiro avião alimentado a energia solar, calculou o peso de todos os vertebrados na terra e no ar. Notou que nos primórdios da agricultura, os humanos e os seus animais domésticos, juntos, contavam menos de 0,1% do total. Hoje estima que este grupo conta em 98% do total de vertebrados existentes na terra, sendo os restantes 2% os vertebrados selvagens incluindo elefantes, felinos, ruminantes, aves, pequenos mamíferos etc.


Os ecologistas estão familiarizados com este fenómeno pressão/colapso. Um dos seus exemplos favoritos começou em 1944, quando a Guarda Costeira introduziu 29 renas nas remotas ilhas de St. Matthew no mar de Bering para servir de reserva alimentar a 19 homens que trabalhavam numa estação. Um ano após o final da 2ª Grande Guerra a estação foi encerrada e os homens partiram. Em 1957, o biologista David Kline visitou St. Matthew e descobriu a prospera população de 1.350 renas alimentando-se na charneca de líquenes de 4 polegadas de espessura que cobria a superfície de 332 quilómetros quadrados da ilha. Na ausência de predadores a população explodiu. Em 1963 chegou aos 6.000. Voltou à ilha em 1966 e descobriu a ilha repleta de esqueletos de rena e muito pouco líquen. Só 42 renas sobreviveram: 41 fêmeas, 1 macho doente e nenhuma cria. Por volta de 1980 nenhuma sobreviveu. Tal como as renas de St. Matthew, também nós sobre consumimos os nossos recursos naturais. Este exagero aponta às vezes para o declínio outras vezes o colapso total. Não é sempre claro como será. No exemplo anterior uma descida abrupta na sobrevivência da população ou numa actividade económica de sobrevivência num ambiente de recursos esgotados, p. exp., à medida que se deterioravam os recursos ambientais da Ilha de Páscoa no sul do Pacífico, a população declinou de 20.000 há vários séculos atrás até a uns 4.000 de hoje. Em contraste o estabelecimento dos nórdicos durante 500 anos na Gronelândia entrou em colapso durante o séc. XV, desaparecendo totalmente face à adversidade ambiental.


Actualmente cerca de 42 países tem uma população estável ou de ligeira descida resultado da baixa taxa de nascimento. Mas alguns demógrafos auguram o declínio da população em certos países devido à subida da taxa de mortalidade, como no Botswana, Lesoto, Namíbia e Suazilândia. Na ausência de uma mudança rápida para núcleos familiares mais pequenos, a lista de países irá aumentar nos anos mais próximos.
As mais recentes projecções demográficas das Nações Unidas mostram um aumento da população de 6.1 biliões em 2000 para 9.1 biliões em 2050, mas tal aumento parece altamente improvável considerando a deterioração dos sistemas que suportam a vida em muitos lugares do mundo. Não atingiremos 9,1 biliões por erradicação global da pobreza e descida das taxas de nascimento? ou por falhanço de tais medidas e as taxas de mortalidade começarem a crescer tal como acontece hoje em vários países africanos? Enfrentamos dois grandes desafios: reestruturar a economia global e estabilizar a população mundial.

Lester R. Brown - Plano B (cont)

 
 

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1 Lester Brown - Entrar num Mundo Novo

A nossa economia global excede a capacidade suportável do planeta, conduzindo o 21º século da civilização cada vez mais perto do declínio e possivelmente do colapso. Preocupados com os relatórios semestrais e anuais sobre crescimento económico, perdemos de vista o impacto profundo da empresa humana nos recursos do planeta. Um século atrás, o crescimento anual do mundo económico era medido em biliões de dólares. Hoje é medido em triliões.



Como resultado, consumimos recursos renováveis mais depressa que a sua regeneração. Florestas encolhem, terras aráveis deterioram-se, aquíferos diminuem, pesqueiros em colapso e os solos em erosão. Usamos combustível a um nível que nos deixa pouco tempo para planear o seu uso para além do inevitável “pico” de consumo. Descarregamos gases com efeito de estufa na atmosfera mais depressa que a sua capacidade de os absorver criando condições para um aumento da temperatura global nunca visto desde que a agricultura começou.

O 21º século não é o primeiro orientado para um caminho económico ambientalmente insustentável. Algumas das civilizações antigas, também se confrontaram com problemas ambientais. Como Jared Diamond nota em Collapse: How Societies Choose to Fail or Succeed, algumas dessas civilizações antigas foram capazes de mudar o curso das coisas evitando o declínio económico, outras não. Estudamos locais arqueológicos dos Sumérios, Maias, Ilha de Páscoa e outras antigas civilizações incapazes de fazer os ajustamentos necessários a tempo.

Felizmente, emerge um consenso entre os cientistas sobre as grandes medidas a tomar. Para um progresso económico sustentável precisamos de deslocar um modelo económico baseado no uso do combustível fóssil, centrado no automóvel, no descartável, para um novo modelo económico, uma nova economia alimentada por abundantes fontes de energia renovável: vento, solar, geotérmica, hidráulica e biocombustiveis. Em vez de centrado no automóvel, o futuro dos sistemas de transportes será diversificado, utilizando intensivamente o caminho-de-ferro, autocarros, bicicletas e claro, carros. O objectivo será maximizar mobilidade, e não a posse do automóvel. A economia do descartável será substituída pela economia da reutilização e reciclagem diferenciada. Materiais utilizados desde o carro ao computador serão desenhados de forma a serem desmontados nos seus componentes e completamente reciclados. Produtos descartáveis de uma só utilização serão descontinuados.

As boas notícias que aqui ou ali aparecem apontam-nos o que a nova economia será. Temos tecnologia para a construir; p.exp. os carros híbridos (gás/eléctrico), turbinas eólicas de alto rendimento, frigoríficos super eficientes e super eficientes sistemas de irrigação. Podemos ver como se constrói a nova economia pedra a pedra, com as novas quintas eólicas, telhados fotovoltaicos, reciclagem do papel, pistas dedicadas a bicicleta, programas de reflorestação, deslocando-nos para uma economia que sustenta o progresso económico.

Se, pelo contrario, continuarmos na actual trajectória a questão não é se a deterioração ambiental conduzirá ao declínio económico, mas quando. Nenhuma economia, mesmo tecnologicamente avançada, consegue sobreviver ao colapso deste sistema/suporte ambiental.

Lester R. Brown - Plano B

 
 

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